Especificamente, a pesquisa busca traçar um panorama sobre os problemas encontrados pelos funcionários na hora das refeições, como a disponibilidade de estabelecimentos que aceitam o cartão, se há e quais são os problemas encontrados ao utilizar o Good Card, se há um eventual acúmulo do benefício por conta da falta de estabelecimentos, se o valor recebido no benefício é suficiente para todas as refeições (almoço) do mês, nos dias trabalhados, e se os funcionários têm sugestões sobre o assunto.
Segundo os resultados, 90% dos participantes afirmaram ser INSUFICIENTE o valor oferecido pela FF para o Vale Refeição. Esse resultado confirma a grande defasagem do benefício que recebemos, como já relatado na matéria “O almoço nosso de cada dia...que dificuldade!”.
A grande maioria dos participantes (94%) relatou problemas com o cartão (Gráfico 1). Sendo que grande parte dos problemas relatados se relacionava ao descadastramento de estabelecimentos que aceitam o cartão e com a falta de cadastramento de novos estabelecimentos.
Um grande problema, também relatado pela maioria dos funcionários, foi a escassez de restaurantes que aceitam o benefício no estado, considerando que a pesquisa recebeu respostas das regiões do interior, litorais e capital.
Outra questão foi a grande distância percorrida para encontrar um estabelecimento que aceite o cartão na hora do almoço. Alguns participantes informaram que o estabelecimento mais próximo à unidade de trabalho está há mais de 20km de distância!!!
Ademais, vários participantes observaram que os estabelecimentos credenciados, ou os que já o foram, alegam que a empresa Good Card possui taxas muito altas, não tem uma rede ampla de usuários e não paga os valores aos estabelecimentos nas datas definidas, sendo, portanto, difícil manter-se credenciado.
Vários relatos indicam que a rede credenciada da Good Card traz, em sua grande maioria, padarias e pizzarias, o que impossibilita ainda mais a utilização do Vale Refeição na hora do almoço. Em diversas regiões do estado, somente estabelecimentos dessas categorias foram encontrados pelos funcionários. O mapa disponível no site da empresa confirma essas informações (Mapa de Estabelecimentos).
Um total de 17% dos participantes relatou que não consegue utilizar o cartão e que, por isso, há um acúmulo do benefício. O quadro bastante limitado da rede credenciada da empresa é, provavelmente, o causador desse imblóglio. Outrossim, cerca de metade dos participantes afirma (49%) que a situação do cartão é precária e que são poucos os lugares que o aceitam.
Diversas sugestões de melhorias foram oferecidas pelos funcionários, como: a modernização do cartão, passando a ter chip, o que facilitaria o uso em outras máquinas, aumentado a segurança do mesmo; a realização de uma nova licitação, para a troca da empresa fornecedora do benefício; uma maior difusão para o credenciamento dos estabelecimentos e maior atenção quanto à aceitação da bandeira em diversos estabelecimentos entre os municípios onde estão abrangidas as Unidades de Conservação, não se restringindo à Sede em São Paulo; e o aumento do valor do benefício.
A pesquisa teve a participação de 90 funcionários.
O resultado da pesquisa reforça aquilo que o CRF vem procurando demonstrar, reiteradamente e através de informações claras: a FF precisa dar URGÊNCIA ao aumento do benefício e à revisão da situação da empresa contratada para oferecê-lo via cartão, dando a prioridade devida à saúde, bem estar e qualidade de vida dos trabalhadores da Fundação Florestal.
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