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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

1º Curso de Formação de Guardas-Parque do Estado de São Paulo (1994): resgatando a história

Quem diria que iríamos achar essa relíquia: os registros visuais do 1º Curso de Formação de Guardas-Parque do Estado de São Paulo, realizado em 1994. O curso, organizado pelo IF, ocorreu na sede do instituto, em São Paulo, e no Núcleo Picinguaba, no P.E. Serra do Mar, e contou com a participação de diversos funcionários que trabalham atualmente na FF (veja se você reconhece algum rostinho!!!). O vídeo pode ser visto aqui: Parte 1 e Parte 2.

Decorridos mais de 20 anos de sua realização, o que nos chama a atenção é a atualidade do curso, tanto no que se refere aos temas abordados, quanto em sua concepção. Afinal, a prática de capacitar funcionários essenciais para a gestão das UC, tais como os guardas-parque, deveria ser fato corriqueiro na instituição, e não algo negligenciado e desestimulado, como tem ocorrido nos últimos anos - lembremos que, diferentemente de várias outras instituições públicas/órgãos gestores de UC, nenhum funcionário é submetido, por exemplo, a um curso preparatório para assumir as suas funções ao ingressar na FF.

Parece que o assunto é bobagem, mas não é. Por exemplo, na última capacitação para a gestão realizada pela FF, em 2013/14, participaram cerca de 63 funcionários. Esse número equivale a, aproximadamente, 15% do quadro total de funcionários. Não bastasse esse número reduzido, após menos de um ano do término da capacitação, aproximadamente 11% dos participantes não trabalhavam mais na FF. Ou seja, investimento (ou erário público, como se convencionou chamar) e experiências jogados fora! Importante destacar que 85% dos funcionários capacitados e que deixaram a instituição eram comissionados, mostrando, uma vez mais, a fragilidade, o cuidado e o bom uso que se deve fazer ao utilizar esta forma de contratação.

Por esse motivo, resgatar a história desse 1º Curso para guardas-parque é extremamente importante! Precisamos valorizar nossa história institucional. Junto com essas experiências exitosas, não haveriam outros bons exemplos que mereceriam ser resgatados, referentes, por exemplo, à elaboração de planos de manejo, gestão participativa, regularização fundiária, uso público, etc.???

É por isso que nossa mensagem de hoje fica por conta da professora Emília Viotti da Costa, que afirma:

“Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado”.

E para que não cometamos os erros do passado no presente e futuro, é mais do que urgente que a Fundação Florestal valorize seus funcionários (com mais e menos de 5 anos de instituição) e resgate suas histórias e experiências de gestão. Só assim poderemos construir, de fato, um futuro mais promissor para a conservação paulista.

Um comentário:

  1. Muito triste saber que há tanto não se capacita os guardas parques do Estado uma pena , é o valor que se da para quem cuida do meio ambiente , sou guarda parque municipal e vamos começar um movimento para que essa historia mude no Estado..

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