Em 1986, primeiro da direita para esquerda, com seus companheiros de trabalho no bairro da Serra. Foto Mauricio Marinho |
Para nosso orgulho integrou o CRF, sendo conselheiro eleito por seus pares na região do Vale do Ribeira, além de delegado sindical por várias oportunidades. Esteve sempre presente nas lutas por melhores salários, melhores condições de trabalho, plano de carreira, enfim, mais dignidade e reconhecimento aos funcionários da carreira que trabalham pela conservação ambiental.
Exemplo profissional e referência para muitos, era respeitado e admirado por espeleólogos, pesquisadores, educadores e educandos, visitantes e especialmente pelas comunidades tradicionais e seus colegas de trabalho.
1990, direita para esquerda; JJ, Mauricio Marinho, Mauricio Grego e Xisto. Arquivo Mauricio Marinho |
O caboclo do mato JJ era integrante de comunidade tradicional no bairro da Serra, guarda-parque de corpo e alma, matuto com sensibilidade aguçada, conhecia profundamente a superfície e as cavernas da região do PETAR. Por ali andou ‘especulando e fuçando todos os cantos e buracos’, que acabou por originar descobertas incríveis, posteriormente registradas por pesquisadores e pela ciência.
Em 1994, em pé á esquerda, com integrantes do Grupo Pierre Martin de Espeleologia- Arquivo Mauricio Marinho |
Defendia a natureza, sua cultura e sua gente, além da terra onde nasceu- no município de Iporanga. Escreveu o livro. "Memórias de JJ, um caboclo espeleólogo"contando de suas andanças pelos caminhos e subterrâneos do sertão afora.
Este ser humano foi um guarda-parque na concepção da palavra, um ícone de nosso tempo, com profundo conhecimento e um sentimento de pertencimento que está ficando raro encontrar.
Foto Mauricio Marinho |
A Mata Atlântica ficou triste, um de seus guardiões foi embora. O pássaro JJ voou para cantar e descobrir um novo lugar, mas um coral de sabiás cantará em sua homenagem para sempre no PETAR.
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