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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

CARTA CRF Nº 063/2015 - Vulnerabilidade nas Unidades de Conservação

 CARTA CRF Nº 063/2015          São Paulo, 16 de dezembro de 2015.

Encaminhada em 16 de dezembro de 2015

PARA: Diretoria Executiva da Fundação Florestal
DE: Conselho de Representantes de Funcionários – CRF/FF
Ref.: Vulnerabilidade nas Unidades de Conservação

Senhor Diretor,

O CONSELHO de REPRESENTANTES de FUNCIONÁRIOS da FUNDAÇÃO FLORESTAL vem manifestar grande apreensão e preocupação, bem como solicitar providências imediatas dessa Diretoria Executiva, quanto aos fatos ocorridos na noite do último domingo, no Parque Estadual Caverna do Diabo.

Tal ocorrência vem ganhando destaque nos noticiários da região, assim como em alguns veículos de comunicação da capital. As reportagens falam de agressões a 2 (dois) funcionários, arrombamento de portas e janelas das edificações, roubo de armas e de valores monetários em espécie, além de fugirem os agressores dirigindo um veículo da Fundação, que posteriormente foi encontrado em estado lamentável de degradação.

Não é a primeira vez que nossos  gestores, vigias/guardas, além de outros funcionários, são agredidos no interior de nossas unidades, em pleno exercício de suas funções. É quase inerente às funções de gestão de unidades de conservação o enfrentamento de situações de conflito entre a conservação do patrimônio natural e interesses de grupos econômicos e, às vezes, grupos de interesses escusos.

No entanto, não podemos nos calar diante dos riscos de morte que correm os servidores que atuam diretamente na gestão das unidades de conservação, agravados pelas severas reduções das equipes destinadas, principalmente, às atividades de proteção do patrimônio natural.

Nossa segurança e condições de trabalho vêm sendo comprometidas dia a dia. É preciso estabelecer uma política institucional de reposição do quadro funcional, de tal forma que as substituições necessárias ocorram sem delinear um quadro de vulnerabilidade nas unidades totalmente indesejável.

Cabe lembrar que o quadro de vulnerabilidade instalado nas unidades vem sendo acompanhado pelo Ministério Público desde 2009, através da instauração de vários Inquéritos Civis que questionam a efetividade da gestão das unidades e da proteção do patrimônio ambiental, considerando a deficiência de pessoal e a infraestrutura inadequada e deficiente.

Vimos solicitar, portanto, urgência nos encaminhamentos referentes à recomposição, em caráter temporário, dos quadros de vigilância nas unidades e à realização de concurso público para reposição dos quadros necessários, além do estabelecimento de uma política institucional voltada à proteção das unidades de conservação sob a responsabilidade da Fundação Florestal.

-- 
Comissão Executiva
CONSELHO DE REPRESENTANTES DE FUNCIONÁRIOS
DA FUNDAÇÃO FLORESTAL - CRF/FF

2 comentários:

  1. A fundação poderia propor novos concursos de guardas parques, propor cursos de formação de guarda parque assim resolveria o problema..

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  2. Depois do ocorrido, houve mais cortes na vigilancia.

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